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ENTREVISTA AO VALETE (19/03/2009)

| 1 comentários | quinta-feira, 26 de março de 2009
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Manos, disponivel no blog do Valete e no site do Tuga Underground, tem disponivel uma entrevista feita ao Valete no dia 19 de Marco de 2009, no programa tuga "Puto dos Headphones". Dos varios temas abordados, realco o facto de ele ter referenciado o puto "Cfkappa".
Cliquem aqui para ouvirem e/ou baixarem a cena.
O motivo pelo qual ele foi referenciado pelo Valete, sera disponibilizado no blog brevemente. Aguardem...

ENTREVISTA COM MV BILL

| 1 comentários | segunda-feira, 23 de março de 2009
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O rapper MV Bill concedeu uma entrevista ao CineSemana na qual fala de música e das suas outras frentes de trabalho, além de comentar o cenário político, social e racial do Brasil. MV Bill já escreveu três livros: Cabeça de Porco, ao lado de Celso Athayde e o sociólogo Luiz Eduardo Soares; Falcão - Meninos do Tráfico e Falcão - Mulheres e o Tráfico, ambos também com a colaboração de Celso Athayde. O rapper e escritor ainda produziu o documentário Falcão - Meninos e o Tráfico, que mostrava a vida de crianças dentro de facções criminosas no Rio de Janeiro e ganhou visibilidade ao ser transmitido pela Rede Globo.

A música é capaz de exercer um papel social?
Eu vejo a música sendo tratada em muitos momentos de forma muito descartável. Tanto por quem a vende, no caso, o meio empresarial, quanto por quem tem feito. Talvez o resultado disso seja a música de tão baixa qualidade produzida no Brasil, pelo menos as que se ouvem nas FMs mais famosas. Acredito que a minha música tem uma ligação social clara porque ela nasceu no meio disso, e outras músicas no Brasil deveriam também tratar mais desse lado. Fala-se muito do amor entre homem e mulher. Eu sinto a necessidade de falar de amor de uma forma colectiva.

O rap perdeu muito espaço para o funk carioca, que se tornou o género mais difundido no País. Porque isso aconteceu?
Isso é culpa do próprio hip hop também, que deu uma acomodada. A exposição do funk se deve um pouco à atitude estagnada do hip hop que parou no tempo ao invés de progredir. Poucas pessoas se preocuparam em dar identidade ao seu trabalho e foi ficando uma linguagem cada vez mais sensual, mais violenta. Teve um período que nossa produção tava se aproximando muito dos americanos. Mas esta perda de espaço teve um aspecto positivo: fez com que o hip hop olhasse para dentro de si próprio. E todo mundo começou a querer melhorar a forma de apresentar suas músicas para recuperar o espaço que a gente acabou perdendo.

Como você entrou para o meio da música e fez disso sua carreira?
Conheci através do filme Colors: As Cores da Violência, de 1988. Ele fala de gangues de Los Angeles que parecem muito com as coisas que acontecem entre as facções aqui no Rio de Janeiro. Minha identificação começou através dessas coincidências, depois eu vi que a música também tinha muito a ver

A periferia é muito estudada e apresentada por antropólogos e sociólogos. O que precisa acontecer para que, como você, mais vozes da periferia falem por si mesmas?
Existem muitas vozes articuladas em várias periferias do Brasil. Eu acho que essas pessoas acabam não tendo visibilidade, por não serem pessoas famosas. Mas existem trabalhos sociais que valorizam essas pessoas, justamente pra que elas sejam protagonistas dessas histórias e não coadjuvantes como são vistas pelos sociólogos e antropólogos. Existem organizações que valorizam essas pessoas para que elas deixem de ser invisíveis e passem a ter voz. E justamente a partir disso que a gente vai ver que eu não estou sozinho, não tenho um pensamento único, não estou desamparado nessa ideologia.

A Central Única de Favelas que você ajudou a criar nasce para contribuir nesse sentido?
A CUFA na verdade é um instrumento que me permitiu articular o que antes eu verbalizava nas músicas. Sem dúvida tem sido o projecto mais importante da minha vida. Eu consigo dividir o pouco que eu ganho com outras pessoas, não através de esmolas ou uma coisa assistencialista, é uma forma de dar reconhecimento às pessoas

Como você vê o negro sendo retratado na mídia, em especial na televisão?
Continua sendo de forma pejorativa, secundária, desdenhosa, desrespeitosa, principalmente nesses seriados de humor da Globo, que retrata os afro-descendentes de uma forma muito ignorante. Apesar do avanço em alguns setores - a gente tem mais comerciais, tem alguns papéis importantes na dramaturgia - ainda está muito aquém da nossa representatividade dentro da população. Parte disso vai também da falta de imposição do próprio negro, falta um pouco de atitude, se rebelar mais, não ficar atento apenas aos seus deveres, se ligar mais nos direitos, exigir papéis melhores, e papéis não apenas na dramaturgia, papéis na vida mesmo como cidadãos.

Quem vê o Rio de Janeiro apenas por meio da imprensa, parece que a cidade está em uma guerra civil. Qual o cenário real no Rio?
Na verdade, a cidade está assim já há muitos anos. Mas começa a ganhar tons alarmantes a partir do momento que a violência de dentro da favela começa a ganhar o asfalto. Sem falar quando passa a atingir também pessoas famosas. Ela deixa de ser uma violência local para ser uma violência de todo mundo. Então para quem já estava dentro, não vê tanta diferença assim. Mas pra quem está fora acaba sendo alarmante

A favela está inserida em um grande problema social. Isso está ligado a uma questão racial?
Chamando de social ou racial, o problema é o mesmo. Quando a gente fala em um problema social, está tentando camuflar o problema racial, mas ele está visível quando a gente vê quem é a maioria dos moradores da favela, maioria dos moradores de rua, maioria da população carcerária, maioria dos desempregados, maioria dos que estão fora da faculdade. A questão racial é muito mal resolvida. O Brasil pensa que não é racista porque a gente tem o racismo cordial, que é velado, as pessoas não dizem na cara das outras o que estão sentindo.

Qual sua posição quanto às cotas universitárias para negros?
São uma resposta às posições que tivemos no Brasil. Esse desequilíbrio que nós temos não foi feito agora no governo do Lula, nem no governo passado, nem na ditadura. Vem desde a época da escravidão, quando foi assinada a lei Áurea e não se teve divisão de bens e terras. A partir daquele momento foram criadas duas sociedades, uma que possui o lado bom e outra com o lado podre. Historicamente, a gente é ensinado desde pequeno a não almejar a universidade, um lugar não pertencente a nós. Isso fez com que muitos jovens perdessem a oportunidade de ganhar conhecimento e de ter ascensão social através dos estudo.


FERIAS

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Pessoal, como ja devem ter reparado, ha ja algum tempo que o blog nao tem sido actualizado. A questao e que de momento me encontro a gozar ferias (merecidas) em Dubai. Mas prometo voltar com novidades.
OBS: Nao ha acentuacao porque este teclado esta em arabe (tou a fazer um esforco para n errar)
One.


MAFIA KING [EXCLUSIVO]

| 1 comentários | sábado, 14 de março de 2009
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Ultimamente tem se falado muito na Mixtape Mafia King de Vui Vui, devido a divulgação do seu video clip, filmado em Andorra.

Aproveitando a onda, consegui arranjar 3 músicas da referida mixtape para postar aqui no blog. Não devem ser a versão final, pois aparentemente ainda não foram misturadas, mas já fica aqui um cheirinho do que é que nos espera.

Baixem a cena e comentem sempre.

One

Vui Vui - Mafia King - Usaupload - Mediafire

ENTREVISTA DE YANNICK AO JORNAL DE ANGOLA

| 6 comentários |
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Yannick Manuel Ngombo levou 13 anos para ter o seu primeiro disco no mercado. À obra, que tece críticas à sociedade, o cantor chamou “Mentalidade”, porque, como diz, apela à mudança de mentalidade. Yannick faz uma espécie de raio-x à sociedade, não escapando à crítica temas tão polémicos como relações extraconjugais, homossexualidade, racismo ou solidariedade. O disco, um dos sucessos dos últimos tempos, é um reparo generalizado, do qual nem mesmo ele saiu incólume. “Também cometo os mesmos erros”, dá a mão à palmatória. Mas este torneiro mecânico de profissão prefere dar voz aos anónimos: “Falo alto o que o povo fala baixo”.

Jornal de Angola: Um disco muito crítico, por meio do qual mostra alguns males de que enferma o tecido social. Que sentimentos lhe inspiram hoje a nossa sociedade? Está desapontado, zangado?
Yannick Manuel Ngombo: Estou triste com aquilo que vejo. Acho que podemos fazer mais pela sociedade. Somos um povo batalhador e cheio de vontade, mas às vezes deixamo-nos levar por essas coisas mínimas, essas coisas pequenas que se tornam grandes e caímos depois na ignorância. O nosso grande problema está mesmo aí, na ignorância. Há pessoas que têm consciência do que estão a fazer. Às vezes vejo Angola como um palco para teatro, onde cada um acha que deve dar o seu espectáculo. Mas não deve ser assim. Em todos os sítios, na vida, há regras que temos que seguir. Vou dar só um exemplo. Um fã teu gosta da tua música e da tua pessoa. Mas na rua diz-te assim: “você não é nada”. E isso apenas para “dar show” no meio onde se encontra. E nós, como seres humanos, muitas vezes caímos na provocação. Quem estiver a ver é capaz de pensar ou dizer: “Yannick é músico, mas tem este comportamento. Estava a discutir com o fulano”. Por estas e outras situações é que fazemos um apelo à mudança de mentalidade.

JA: Quem é Yannick?
YMN:
Yannick é uma pessoa normal, simples, como qualquer outra. Uma pessoa que leva uma vida normal; que quer ver o país crescer; quer que o futuro do seu filho seja melhor do que o seu.

JA: E no que respeita à personalidade
YMN:
Sou uma pessoa simples, contento-me com o que tenho; procuro fazer sempre o melhor e não invejo ninguém. Sou uma pessoa muito simples e batalhadora.

JA: Que diferença há entre o Yanick cidadão e o Yannick músico e crítico?
YMN:
Nenhuma. Quem me conhece, sabe que sou a mesma pessoa. Talvez a minha música tenha essa interacção com o público, porque consigo ser “real”, como nós, os rappers, falamos: ser eu próprio. Isso torna mais fácil escrever as minhas músicas, porque não procuro palavras bonitas, nem fazer coisas que não entendo. Só faço e falo do que entendo e, quando não entendo, não toco no assunto ou peço explicação. Enfim, sou essa pessoa que a minha música mostra. O grande defeito que tenho é aconselhar. Não consigo ver uma coisa errada e ficar calado. Também me custa ver alguém fazer uma coisa bonita e não elogiar.

JA: Quando faz as suas letras ou quando as canta, lembra-se de alguém, em particular, a quem atinge? Toca alguém que lhe é próximo ou a quem está directa ou indirectamente ligado?
YMN:
Com certeza. Pelo menos 80 por cento do disco é a minha experiência. Em cada música, há sempre uma passagem que se refere a alguém que conheço. Há sempre uma pessoa que me “incentivou” na letra. Não me incentivou a dizer fale “disso ou daquilo”, mas a sua atitude inspirou-me a escrever. Não há uma música minha que não tenha um exemplo próximo.

JA: Essas pessoas sabem ou pelo menos suspeitam que esta ou aquela crítica lhes é dirigida?
YMN:
Não, não sabem. Pelo menos acho que não. Sou muito observador e “bom de ouvido”. Às vezes falamos de uma coisa simples, aparentemente sem importância, mas eu registo. Agora lembro que, em alguns casos, pessoas que me rodeiam dizem que nesta ou naquela música cantei para elas. Mas não tem nada a ver. Não é apenas uma pessoa que espelha o que eu canto. Por exemplo, muita gente reclama dos engarrafamentos. Quando escrevi “Tá calor”, eu próprio vivia em casa de chapa de zinco. Esse sofrimento incentivou-me a escrever. Uma vez, no candongueiro, ouvi uma senhora dizer: “possas, isso é calor, estou a transpirar até no...” E para não reproduzir as reais palavras da senhora, na música, cantámos “no... eh, eh, eh”. São situações que presenciei. Portanto, se há muita gente a queixar-se de uma determinada situação, esta mesma situação é incómoda à sociedade. Por isso, levo-a para a música. Portanto, eu falo alto o que o povo fala baixo.

JA: Yannick revê-se nessas críticas?
YMN:
Com certeza. Estou aí, bem dentro. Também cometo os mesmos erros. Quando faço estas chamadas de atenção, estou a fazê-las igualmente a mim. Quando faço estas críticas, tenho que dar o exemplo. Por isso, também devo mudar, para poder servir de exemplo.

JA: A propósito de exemplo, Yannick não mostra, nas letras, os caminhos a seguir para a mudança de mentalidade que apregoa no disco. Apenas críticas, praticamente ...
YMN:
Se notar bem, nas minhas músicas começo sempre com uma crítica, mas no fim há sempre uma sugestão, um conselho. Aprendi que o homem deve criticar apenas quando tem a intenção de ajudar. Não posso dizer que a camisa que vestiu não lhe fica bem, pura e simplesmente. Devo acrescentar algo como: uma vez que a sua pele é clara, talvez uma camisa escura lhe ficasse melhor. É uma sugestão. Na minha música, quando digo “mentalidade, atitude”, no fim vem sempre “se a gente não mudar de consciência, vamos sempre patinar”. Na música em que digo “casa está difícil”, acrescento “não importa a distância, eu vou lutar para conseguir a minha casa e tenho fé, vou conseguir”. É um encorajamento. As pessoas têm que saber entender isso. No fim da minha música, há sempre uma luz que procuro mostrar. Apesar de tudo, há um caminho a seguir.

JA: Já alguma vez foi intimidado? Já alguém o chamou à atenção para a dureza das suas letras? Já sentiu alguma pressão por isso?
YMN:
Não. Sentia alguma queixa de mulheres, que me acusavam de criticar apenas mulheres. Mas a minha música é dinâmica e não a direcciono para apenas uma posição. O que transmito na minha música é informação. Se tiver que falar das mulheres, falo, assim como dos homens. Falo o que sinto e o que vivo. Se uma determinada coisa me toca, eu transmito.

JA: Yannick critica também o que chama falta de solidariedade entre nós. Seria capaz de intervir no caso de alguém estar a ser assaltado?
YMN:
Sou capaz, até já fiz isso. Mas acabei por ter uma arma apontada. Disseram-me “Pai Grande, é melhor andar. Vai só, Pai Grande.”

JA: Não será esse receio de ter a vida em risco que desencoraja as pessoas a ajudar?
YMN:
É verdade. Mas, às vezes, a nossa intervenção acaba também por desencorajar o assaltante. Por exemplo, o facto de eu me ter metido no assunto, evitou que outros males acontecessem à vítima. O meliante viu a sua acção interrompida. Gritámos e o assaltante fugiu. Levou apenas o telefone, quando na verdade ele estava a “desmontar” a pessoa. O que conta é o gesto. Ele já estava a tirar o cinto e o casaco da rapariga. Se não gritássemos, podia acontecer coisa pior. Talvez tenhamos exagerado ao correr atrás do assaltante, pois foi a seguir a isso que ele puxou da arma. O importante é que fizemos a nossa parte.Quando era mais jovem, quando entrei no rap, tinha um ídolo que era o líder dos Public Enemy. Na altura, falava-se muito do movimento dos Black Panther, mensagem que esse grupo trazia nas suas músicas. Eles cantavam o orgulho de ser negro, de cada um ser sempre o que é. Nós vivíamos naquele complexo de cor, raça, enfim. O rap tem na crítica social o seu objecto. Esse cantor despertou-me para muita coisa, trouxe-me até “fome” de conhecimento, de tal modo que pesquisei mais para saber de que ele falava. Pensei, então, que se um dia tivesse que cantar, ia despertar as pessoas do mesmo modo que o rap me mudou. Ele é a fonte da minha inspiração, quem me deu forças até hoje. Ele já não canta. As coisas mudaram. Hoje, estamos a chamar a atenção para os buracos em estradas ou para a falta de energia. Mas amanhã, letras assim já não farão sentido, porque as coisas estão a melhorar. Ontem falávamos de guerra, hoje ninguém mais canta isso.

JA: Também é crítico em relação a negros que, como diz, depois de melhorarem a sua condição social e económica, separam-se da mulher (negra) e partem para nova relação, com uma mulata. Reprova a relação entre um negro e uma mulata?
YMN:
Não, nem tão pouco. Não critico as mulatas. Eu critico o nosso complexo. O problema está no complexo. Quando uma pessoa deixa uma negra para relacionar-se com uma mulata, simplesmente por esta outra mulher ser mulata, isso é complexo. E este sentimento é uma arma perigosa, que impede até o progresso da própria pessoa e do país. Não devemos ver as pessoas pela cor da pele, mas pelo que elas trazem dentro de si. A minha juventude foi vivida fora do país, entre mulatos e brancos. Conheço negros que dizem gostar mesmo de mulatas. Não podemos ver as coisas assim.

JA: Mas há gostos mesmo, genuínos. Para além disso, as pessoas são livres de se juntarem a quem quiserem.
YMN:
Quando se fala de negra e mulata já é questão de raça. Não temos de gostar de outra pessoa pela cor da pele. Imagine que alguém o deteste por ser negro? Vivi fora do país e senti o racismo na pele, senti a discriminação, a falta de emprego por ser negro. Vivi na Alemanha, França, Espanha e Portugal e senti o racismo na pele. Tentei melhorar as minhas condições, viajando para a Europa e dando continuidade aos estudos. Mas encontrei uma realidade diferente. Quando regresso a Angola e sinto a mesma coisa, é muito complicado. Nós próprios abrimos caminho para este tipo de atitude. O próprio branco, quando vem do seu país, vê o negro como um ser normal, como qualquer outro. Mas, depois, percebe que tem tratamento especial por causa da cor da pele e, assim, vai se sentindo superior a nós. Este complexo é que nos trava. Não tenho, portanto, problema algum com as mulatas. Para mim, toda a gente é igual.

JA: Quem é Yannick e quem é Afroman. Onde começa um e outro?
YMN:
Éramos um grupo de três. Um foi viver para fora do país e o outro faleceu. Nos Afroman, ficou apenas Yannick. Conservei o nome em memória do meu falecido amigo, pois sinto a presença dele em palco, o que me dá vida.

JA: Numa entrevista sua, diz que é natural de Luanda, mas prefere considerar-se do Uíje, terra dos seus pais. Tem alguma coisa contra Luanda ou contra os luandenses?
YMN:
Não tenho nada contra Luanda. O problema é que todo o mundo é de Luanda e já não tem aquele impacto. Há necessidade de levantarmos também o outro nosso lado. Eu mais pareço alguém do ­Uíje do que de Luanda. Sou bakongo cem por cento.

JA: O espectáculo dos Coqueiros chegou a assustá-lo?
YMN:
Tenho dito que o meu povo me tem surpreendido. O que aconteceu nos Coqueiros foi um momento muito especial, único. Tinha esperança de enchente na relva apenas. Mas aquilo ultrapassou tudo o que eu esperava. Mesmo com a venda dos bilhetes, ainda me custava a acreditar. Antes do dia, nunca se tem tanta certeza. Arriscámos. Nos Coqueiros, só vão cantores e grupos com muitos anos de carreira. Quem sou eu? Sou apenas uma miniatura, ao lado de grupos ou cantores como os Kassav, a Banda Calipso, Paulo Flores ou americanos que por lá passaram. Mas decidimos fazer e fomos sentindo o “feed-back” do povo com o lançamento do disco.

JA: Numa escala de cantores angolanos de 1 a 10, qual é o lugar do Yannick?
YMN:
Não vou nisso. Estas coisas não são comigo. Prefiro o retorno do povo. Ainda que seja o número 50, desde que tenha o retorno e o carinho do povo, já é bom. Sei apenas que estou num bom momento e tudo está a correr bem. Agora, isso de lugares não é comigo. Não é ser modesto demais, mas não vou por aí.

JA: Como avalia o momento da música angolana?
YMN:
Podia estar num estágio mais desenvolvido. Acontece que há discriminação, que começa já no estilo de música. O cantor não tem apoio. O meu disco levou anos e anos para sair, de 95 até hoje. Já mostrámos que temos talento, mas, ainda assim, ninguém ajuda, os empresários dão-te as costas. Mas sabemos que a música eleva um país. A nossa música está a crescer e os cantores a caprichar. Por isso, os empresários deviam ajudar mais. O nosso estilo não exige muito dinheiro. Mas as pessoas que podem ajudar ainda reparam em quem vem solicitar apoio. Se não “vai” contigo, não te ajuda. Dos bancos e do Ministério da Cultura nem adianta falar. Para a Cultura, é só ouvir que é um rapper para logo desprezar, porque o semba é da terra e a nossa música é do céu. São estas pequenas barreiras que ajudam a afundar a música. Toda a gente dança as nossas músicas, mas se um de nós adoece, é um grande problema. É preciso ir à radio e a partir daí pedir apoio. Não temos seguro nem coisa parecida. A nossa velhice só Deus sabe como será.

JA: Mas há cantores a receber pensões ?
YMN:
Até chegarmos aos anos de carreira que dão direito à pensão ainda vai levar muito tempo. Não sei se essa nossa geração de hamburgers chega a tanto. Os músicos não têm assistência nem coisa parecida. Nem credencial que nos identifica como músicos temos. Vivemos assim.

JA: Yannick critica a homossexualidade. Por um lado, prega à mudança de mentalidade, mas, por outro, coarcta liberdades e direitos. O que tem contra os homossexuais?
YMN:
Sou contra os homossexuais. Sou livre, por isso falo o que sinto. Não posso pedir às pessoas que aceitem os homossexuais, porque acho isso uma doença. Quem achar que estou errado, muito bem, não sou perfeito. Mas esta é a minha opinião. Quando estou a pregar, espero que não me vejam como pessoa perfeita. Tenho também os meus defeitos.

JA: Uma pergunta que mereceu crítica no seu disco. “Para além de cantar, faz mais alguma coisa?”
YMN:
Vou responder como na música: “Perguntas banais”. Isso é como perguntar-lhe: “Para além de jornalista, não faz mais nada?” Esse é o meu trabalho. Ontem, também o jornalismo era actividade vista com algum desprezo. “Está a estudar só para ser jornalista? Jornalista ganha o quê?” Eram essas as perguntas. Quantos jornalistas andam a pé? Muitos! Estamos todos a tentar marcar passos na vida. Gosto e amo a música, porque sempre foi o meu sonho. Hoje, graças a Deus, estou a fazer isso. Se tiver que morrer a cantar, não há melhor que isso.

JA: Consegue-se alguma estabilidade financeira com a música?
YMN:
Sim. Mas o cantor só vive da música, quando está no topo da carreira. Enquanto estiver a fazer sucesso, vai vivendo da música. Ainda não tenho necessidade disso. Sou torneiro mecânico de profissão, porque o homem tem que fazer alguma coisa. Foi uma obrigação. Eu gosto da música.

JA: Quanto lhe renderam o disco e o espectáculo?
YMN:
Nem tudo na vida envolve dinheiro. Mas o disco foi sempre uma luta, para depois conseguir uma casa. Se me empenho na música, então na música tenho que ganhar. Sempre acreditei que o meu disco iria vender. Por isso, nunca assinaria um contrato que não me beneficiasse. Se fosse para tirar um disco apenas para fama, preferia tirar uma música e ir vivendo. Levou tempo, mas consegui o disco e hoje tenho algum dinheiro no bolso. Estou atrás da casa, que ainda continua difícil. Estamos quase lá. Quanto ao show, o meu maior desejo era um dia encher um estádio. Já vi DVD de Luk Dube ou Bob Marley em espectáculos que juntaram multidões. Este era também o meu sonho. Quando me surgiu a proposta, aceitei-a logo. Nem discuti sequer quanto iria ganhar. O desafio era grande, assim como os gastos para o espectáculo. Eles apostaram em algo que era o meu sonho. O dinheiro que sair daí será bem-vindo. O maior ganho para mim foi o próprio espectáculo.

JA: Sabe quanto vai receber?
YMN:
Não sei quanto vou receber. Mas já realizei um grande sonho na minha vida. Daqui para frente, é trabalhar. Quanto mais pessoas gostam do nosso trabalho, mais as responsabilidades aumentam.
Fonte: Jornal de Angola
Esta entrevista foi-me enviada por Decio Faria a.k.a. Pitbull Mau

Entrevista de "O mais parvo" a Valete

| 0 comentários | terça-feira, 10 de março de 2009
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Entrevista para o blog de "O Mais Parvo"

1 - Antes de mais nada, porquê o nome Víris ?
Valete: Viris é como se fosse Valete em fonética helénica. Os gregos têm muitas palavras que terminam em íris. E Íris na mitologia grega era a mensageira de Deus para os Homens . e é dela que também vem o npme e o conceito do Arco-Iris como a ligação da Terra com o Céu. Eu sempre fui um fã da cultura grega e principalmente da Grécia Antiga, e era como se Viris fosse o Valete inspirado por toda aquela mitologia e também na sabedoria grega dos grandes oradores de Atenas.

2 - Valete, num dos teus textos dizes que um rapper sem flow é como um jogador de futebol sem pernas, embora reconhecendo que a metáfora é excessiva . Contudo, têm surgido manos como Halloween e Ghoya que mesmo não tendo flow conseguiram um buzz extraordinário e de certa forma "abanaram" o movimento, tu próprio ouves Keyta Mayanda e dizes que muitos manos te perguntam como é que consegues ouvir um rapper que nem flow tem. Não achas que muitos artistas utilizam o flow como modo de abafar a pouco lírica existente nos seus sons ?

Não achas que fazem falta mais Halloween's e Ghoya's ao movimento, ou seja, rappers sem flow mas com muita lírica ?....

Valete: São várias perguntas numa, vou tentar responder por partes: ....

Também acho que essa minha afirmação foi um pouco excessiva eheh. Na verdade o que eu acho que anda um pouco mal é a concepção que muita gente tem de “flow”. Muitos manos acham que ter flow é só andar a rimar em excesso de velocidade nos beats, fazer bué rimas silábicas e métricas acrobáticas. Ter flow é essencialmente soar bem em cima dos beats. É ter swing, é soar agradável em cima dos beats. Tu podes estar com bué jogos rimáticos e não estar a soar bem, enquanto outro mano pode ter um trabalho rimático mais simples e estar a soa mesmo bem.....
Resumindo acho que os rappers devem sempre ter flow, ou seja devem saber envolver as pessoas quando estão a rimar, porque no fim do dia isto é musica e tem que soar bem a quem vai ouvir. ....

Obviamente quando tens muito jogo rimático estás mais susceptível a tirar arrumação ás tuas letras. Principalmente quando estás a rimar temas, porque se for um som de estilo livre a arrumação das ideias nem é muito importante. Agora quando estás a rimar sobre um tema, se tens jogo rimático em excesso corres o risco de tirar força lírica e poética à tua letra, corres o risco de tirar perceptibilidade, objectividade e sentimento, corres o risco de não conseguir manter a tua letra com um principio, meio e fim organizado. Muitas vezes vês mc’s excessivamente preocupados com a estrutura rimática e depois as pessoas nem percebem bem do que é que eles estão a falar nos temas que fazem, e sentem que o que eles estão a cuspir não tem princípio, nem meio , nem fim. Está tudo confuso. Essa é talvez a maior lacuna dos mc’s que são mais estilistas que liricistas.....

Mas apesar de tudo eu gosto de ver mc’s com essa preocupação dos jogos silábicos e rimáticos, porque há mc’s que se não usarem esses jogos de rima e de flow. vão parecer mesmo muito básicos. Vão ficar muito mais expostas as lacunas que eles têm a escrever e a construir textos.. Os jogos rimáticos têm essa vantagem de camuflar lacunas que possas ter na tua escrita. Pelo menos assim alguns rapper até conseguem soar bem e é divertido ouvi-los. ....
Eu sempre vi essa cena das rimas silábicas e multies como dar toques e fazer acrobacias com a bola. Há jogadores que no campo não tem objectividade nenhuma, ficam só a fazer malabarismos e acrobacias com a bola, mas não deixa de ser bonito ver um gajo a dar bué toques e a fazer bué truques e malabarismos com a bola. Também é perícia, mesmo que seja inconsequente. ....
Quanto ao halloween e ao Ghoya há muita gente que gosta da cadência, gosta da voz deles, gostam da forma como eles soam em cima dos beats, por isso a tua afirmação de que eles não têm flow não é certamente assim tão pacífica. ....

3 - Eu pessoalmente sou um ouvinte de hip hop e acho que umas das suas grandes lacunas é o facto de não existir uma outra versão, por exemplo, quase todos os rappers entram com a mesma "lenga lenga", "eu sou street, sou real ", " Fuck Police ". Nunca ouvi ninguém a dizer que tinha orgulho de não ser street ou a criticar quem crítica sempre as forças policiais ou instituições do estado, eu percebo que muitas das vezes as críticas a essas instituições sejam justas, até porque vivo num bairro problemático e isso também me dá a capacidade de perceber que muitas dessas críticas não são fundamentadas . Normalmente quem diz que vive no gueto ou quem fala das injustiças do gueto é considerado "real", esquecendo-se que o facto de só mencionarem os "podres" do gueto não contribue em nada para uma outra visão de quem está de fora desse meio. Não achas que falta essa versão para o Hip Hop se tornar um movimento mais "real" ? ....
Valete: Percebo bem o que queres dizer. Acho que cada mano, deve e tem o direito de rimar sobre as coisas que lhe preocupam. Ser street pode ter várias definições, mas no caso em que falas de ser street e estar ligado ao crime acho que muitos manos têm essa atitude de achar que são mais reais que outros porque são ou rimam street, mas é ridículo porque ser da “street” nesse sentido nunca foi uma cena fixe.. Muitos manos estão lá porque não têm opção. E é paranóico viver sempre a olhar para trás, a veres quem vem atrás de ti, viver sempre pressionado pelos bófias. Viver a saber que o mais provável é acabares na prisão. E ainda com o facto de 99% dos manos que são da “street” não conseguirem rendimentos para ter uma grande vida. Quando se é miúdo até se pode tirar alguma adrenalina nisso, mas quando já és adulto estar nessa vida não é nada que valha a pena ser gabado. Por isso a ideia não é ser da “street” a ideia é sair da “street”. Porque é parvo eu achar que tu és uma grande cena só porque és da street, pelo contrário , até é mais provável que eu tenha compaixão por ti. ....
Resumindo, isso é uma atitude infantil que muitos rappers sempre tiverem, mas que tem muito pouco significado. Só tens que ser tu mesmo e ninguém é mais que ninguém.
4 - Na música " Quando o sorriso morre " com o Dino, tu dizes, " o colonialismo acabou " e aparece uma voz de fundo a perguntar, " será ? " . Qual é a tua opinião sobre o colonialismo, e se tu achas que acabou ou não ?....

Valete: O Colonialismo foi algo que provocou grandes desequilíbrios económicos e sociais entre os países, e que atrasou sobremaneira o desenvolvimento natural de muitas nações. A Imposição e o alastramento do colonialismo em certa altura foi das piores coisas que aconteceu na história da humanidade. Muita da fome, das guerras, da incompetência e do terrorismo governamental que vemos hoje em países africanos por exemplo, ainda são consequência disso. ....
O Colonialismo impôs conceitos como o racismo institucional, a segregação, a submissão de uns homens em relação a outros por causa da sua cor de pele, que hoje ainda se perpetuam. A presença da comunidade negra em Portugal é algo que faz muito lembrar o tempo colonial. Negros completamente desintegrados da vida social do país, negros na sua grande maioria direccionados para trabalhos precários, negros a sofrer altos níveis de descriminação laboral, policial, institucional. Negros ainda a conviver com uma ideia generalizada de serem uma raça de segunda. Ainda que camuflado e não oficializado a relação de Portugal com a comunidade negra é uma continuação da era colonial.

5 - Tendo em conta a tua carreira e a tua versatilidade musical, porquê tão pouca participação em albuns editados recentemente por outros mc's ? ( participação vocal entenda-se ) . Assim á cabeça, lembro-me de participações no álbum do Sam The Kid, Azagaia e poucos mais . ....
Eeheh por acaso não. No passado fazia poucas mas agora até tenho feito muitas. Para além dessas participei em sons de Royalistik, Regula, Dino, Juju Gomes, Dji Tafinha,…e ainda vão sair cenas que fiz com o Xeg, Gpro fam e com o Boss Ac ( que infelizmente acabou por resultar num som fraco, mas fiz um remix com o virgul que ficou com mais feeling) ....

Valete: Participava pouco antigamente, porque achava que ainda me estava a construir como mc e não tinha arsenal lírico suficiente para estar a fazer 20, 30 participações por ano. Hoje sinto-me em forma, sou o mc que sempre quis ser e consigo ter a versatilidade que sempre quis para poder rimar sobre qualquer tema e em qualquer estilo.


6 - Disseste numa entrevista via rádio que para um mc em portugal ser reconhecido pelos media tem de ter quase que obrigatoriamente um rótulo. O teu rótulo é o de mc-político, aproveitando esse rótulo pergunto se está nos teus planos tornares-te político ? Não tanto pelo rótulo mas mais pelo," porque eu trago o discurso que agiganta a comunidade ", dito por ti .

Valete: Lol, Não nunca. Acho que de vez em quando terei opinião política num ou noutro som, mas ser político nunca. ....

Eu acredito que os artistas hoje têm muito mais poder para mobilizar as pessoas do que os próprios políticos. Eu pretendo criar um movimento ( não político, mas espiritual) lusófono. E provavelmente se fosse político não o conseguira, enquanto que sendo músico com um som posso chegar ao Brasil, a Moçambique, a Cabo-Verde etc.

MICRO 2

| 3 comentários | domingo, 8 de março de 2009
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MICRO 2, é um grupo composto por dois mcs : Flash (A Enciclopédia) e Legacy (A Sombra Negra). Mcs da velha escola, bastante reconhecidos na arena do Hip hop Moçambicano pelo seu contributo e pelos seus trabalhos discográficos, nomeadamente: “Andando a Pé” e “Caneta e Papel”.

Andando a Pé, foi lançado em 2007, este álbum representa o início da carreira deste colectivo, conta com participações especiais de artistas de renome tais como: Yara da Silva, Danny OG, Texito Langa, Hitrm, Dinastia Bantu (Azagaia e Escudo), de Angola o grupo Army Squad.
O álbum foi elaborado por produtores tais como: Nick Slim, Eye V, Mak da Produça, Ras TM, Leleo & Inflomatic.

Este álbum conta ainda com dois videos clips, das musicas “Andando a Pé” e “Música meu BI (feat. Pictho)”.

A distribuição e a venda tem o selo da Label Raw Jam Lab.

Caneta e Papel é o mais recente álbum, destacado como uma “obra prima” pela Revista “O Tunnel”. Este cd foi lançado em 2008 e já conta com dois videos clips. Tem a participação de artistas de renome como: Muzila, Tony Django, Nelson Nhachungo, Mimãe entre outros.

A produção passou pelas mãos de Inflomatic, Eye V, Mak da P, Clucth e Sniper (produtor/mc proveniente de Portugal, já trabalhou com mcs tais como Valete).

Este álbum reflecte mensagens de carácter social e não só e contará ainda com mais um video clip.

Caneta e Papel marca assim, a continuidade deste colectivo no cenário Hip hop e já foi referência em vários blogs moçambicanos e não só.

Fiquem com algumas músicas para download e curtirem a cena. Comentem sempre...

Pobreza Absoluta (ft. Muzila) (Prod. por Inflomatic) - Usaupload - Mediafire
Crimenologia (Prod. por Sniper) - Usaupload - Mediafire
Crónica da Sofia (Prod. por Inflomatic) - Usaupload - Mediafire
Mae Afrika (ft. Tonny Django) (Prod. por Ivy) - Usaupload - Mediafire

GARAGEM

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MURALHA - KENNEDY & DABULLZ

| 0 comentários | sexta-feira, 6 de março de 2009
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Muralha, o grupo formado pelo duo Kennedy e DaBullz está a finalizar o seu álbum, intitulado Klassikobelikamentedropando (Alimento Sólido).

Como é óbvio, o álbum terá o selo da Cérebro Records, que ainda este ano pretende editar também os álbuns dos artistas X da Questão e Cfkappa.

Por enquanto sintam estas faixas da versão digital do EP que será lançado brevemente. A versão física será grátis e trará mais novidades.

01 - Na Mesma Trilha – UsauploadMediafire
02 - Isso Não É Hip Hop – UsauploadMediafire
03 - Excesso De Zelo – UsauploadMediafire
04 - Outra Dimensão (A Viagem) – UsauploadMediafire

De realçar que todas as faixas foram produzidas por Kennedy, pela Cérebro Records.

One




MIXTAPE MAFIA STREET

| 0 comentários | terça-feira, 3 de março de 2009
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Pessoal, têm aí para download a Mixtape Mafia Street da NN Produsons. Já me pronunciei anteriomente sobre esta Mixtape, pelo que, já não resta muita coisa a dizer.
Baixem e curtam a cena.

MIXTAPE EFEITOS ESPECIAIS

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Analógicos é um grupo formado pela dupla Hostil e Viruz em finais do ano 2008, membros do colectivo Alkimiztaz (Hostil, Manda JC, Viruz, Korpuz, 13 Discípulo) uniram-se para fazer a mixtape Efeitos Especiais, radicais e extremistas assumidos dentro do rap, amantes da essência pura do rap, longe da podridão transmitida e emitida pelos mcs da nova era, não dispensamos a colisão porque achamos que o sangue gera mudanças dentro de qualquer movimento.
A mixtape foi gravada na Prosonik e na X-10 (D.H.) e conta com as participações de Jang Nomada e de Sun Wen.
Para mais informações contactem o Hostil através do e-mail hostil666@hotmail.com.
Autor - Analógicos
Título - Efeitos Especiais
Ano - 2009
Label - Pro Sonik
01 - Analógicos
02 - Speed life
03 - Atrofio
04 - Gueto (part. Jang Nómada)
05 - Freestyle 1
06 - Vai com calma
07 - Hip Hop (part. Sun Wen)
08 - Viruz (Skit)
09 - Hostil (Skit)
10 - Atrofio (pt. 2 part. Sun Wen)
11 - Quem tá por traz do mic

 

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