Never Down The Champion. Sentenciou o velocista jamaicano Usain Bolt, aos jornalistas que apostaram todas às suas fichas ao seu colega de equipa, Yohan Blake, na última edição dos jogos olímpicos.
O rap angolano, vive neste momento, a “Punchline Age” uma era marcada por alguns palhaços sem sentido de humor, numa imitação desenfreada do humor mordaz do Hernâni Da Silva Mudanisse e dos atrofios super-criativos do Abdiel.
Segundo li, o “Fuba Remix” da nova escola, defraudou algumas expectativas, tendo um resultado final consensual mas muito longe de ser unânime. Este facto, deu lastro aos hatters do Kappa, que deliberadamente o criticaram nos blogs e noutros fóruns do gênero.
Never Down The Champion. Os amantes do rap angolano, apesar de serem os mais racionais entre os amantes de todos os gêneros musicais nacionais, são também os que possuem a memória mais curta. E volvidos apenas alguns meses, já se esqueciam dos danos colaterais provocados pelo Tsunami verbal que foi o álbum “Um Em Um Milhão”.
Xperi(mental) Poe3 - #20. Uma lufada de ar fresco ao nosso movimento. Kappa, na posição de eterno aprendiz, prova-nos mais uma vez, que o Rap é um ofício de aprendizagem constante. Libertando em forma de poesia todos os seus rascunhos, transmitindo-os com um amor sublime por cima de instrumentais que resumem o título deste projecto, e nesse amor Kappa revela-nos a sua alma constante de um verdadeiro amante da arte.
Não é underground ou comercial, é hip hop nacional com um pouco mais de sal, feito para dar nas mentes e não nas vistas. Felicitações a Cérebro Records. A cena ta dope e recomenda-se!
Grandas beats, grandas letras, e um aviso a toda navegação: Never Down The Champion.
Soba L
0 comentários:
Enviar um comentário