Já aqui publicamos que Dji Tafinha é a figura de capa da revista Carga do mês de Maio. E como normalmente acontece, é feita uma entrevista extensa a figura de capa.
Nesta entrevista, Dji Tafinha contou um pouco dos seus primeiros passos na música, falou das suas influências (cantar e produzir), da sua versatilidade musical, do lançamento do seu mais recente álbum “+Do Que Rap“ entre outros assuntos…
Entre eles, passados praticamente 3 anos, Dji Tafinha aproveitou para contar a sua versão sobre o beef com Kid Mc, aproveitando o facto de não ter tido a oportunidade de explicar os pontos que o levaram a entrar e a parar com a “gerra verbal” com Kid Mc.
Deixamos aqui a resposta de Dji Tafinha a pergunta feita pela equipa da Revista Carga relacionada ao beef com Kid Mc.
Revista Carga: O que realmente aconteceu entre Dji Tafinha e KID MC para resultar em alguns relatórios e velório?
Dji Tafinha: Demorou + chegou (hehehe). É o seguinte:
1. Em 2005 quando ele cantava com o Vulkaum, e o G.M ainda pertencia ao Motim, o Kid pediu a nossa participação (KB Max, G.M e Tafinha) para a gravação de um videoclipe deles, infelizmente viajei e foi impossível a minha participação (+ o KB Max e o G.M fizeram-se presentes). Mas ele sentiu-se ignorado.
2. Pediu a minha participação para o mesmo álbum, mas como na mesma música convidaram um artista com quem não tinha boas relações, eu recusei o convite e expliquei ao “Vulkaum e ao Kid” o porquê. A admiração que o Kid tinha por mim começou a transformar-se em ódio…
3. A partir desse momento passei a ouvir inderectas da parte do “puto” em algumas musicas e conversas com outros artistas.
4. Como eu não sou um homem de “disse que não disse e conversas de comadre” liguei para o “Kid” para esclarecer a questão. Ele disse-me “que não se passava nada”, foi então quando eu tive a ideia de fazer uma música com vários rappers para mostrar que a união fortalece mais o “Hip Hop” do que as desavenças. O Kid desculpou-se e disse que não podia porque estava em digressão pelas outras Províncias.
5. Após a rejeição continuaram as indirectas e, mais, o Kid agora a vangloriar-se por ter rejeitado um convite do “Dji Tafinha!!!”.
6. Como disse no quarto ponto (4.), “eu não sou um homem de disse que não disse e conversas de comadre”, e ja tinha dado a opurtunidade ao “puto” de esclarecer a situação, resolvi falar-lhe directamente no “Relatório 1”, que no final da música expliquei a conversa que tivemos ao telefone (Obs: Por não ter gravado a conversa, imitei a voz do Kid)
7. Após ter ouvido o “Relatório 1”, o Kid dirigiu-se ao meu estudio pedindo para conversarmos, no entanto, minutos antes o “Expiráculo” (amigo do Kid), esteve no meu estúdio pedindo-me para ser paciente com o “Kid”, porque ele estava “psicologicamente doente”. Garanto-vos que fiquei chocado com o que vi e ouvi dele (do Kid), “disse que achava que eu era o melhor rapper que Angola já teve, desculpando-se pelas suas atitudes. Sabendo que estava a lidar com uma pessoa “instável”, fui paciente mas, no entanto, gravei a conversa que tive com o “Kid” com o meu telemóvel.
8. O Kid foi hospitalizado no final do mesmo dia que teve a conversa comigo, não escondo que fiquei preocupado com a situação do irmão “Kid Mc”, motivo pelo qual não mostrei a conversa que gravei.
9. Depois de receber alta no hospital, o Kid voltou a ligar pra mim a dizer que desta vez queria pedir-me desculpa na rádio 88.5 aonde seriamos entrevistados pelo “Lukeny Bamba Fortunato”. 5 minutos antes da entrevista, o Kid recebeu um telefonema e desapareceu. 10 minutos depois recebi uma mensagem do Kid a dizer que foi proibido pelo “Samurai” de fazer essa entrevista e de assumir publicamente o seu desejo de o fazer.
10. Por influência daqueles que o rodeiam, o Kid passou a afirmar que estava a preparar a resposta para o “Relatório 1”. Triste com a hipocrisia e falsidade que o Kid manifestou, senti-me obrigado a expor a conversa que gravei no dia em que ele esteve na minha casa no “Relatório 2”. (Obs: com a própria voz do Kid).
11. Fui convidado para cantar no programa de televisão “Janela Aberta” aonde havia uma matéria sobre o trabalho da “Policia Nacional”, por coincidência estava uma senhora da “Policia” que apresentou-se a mim como a “mãe do Kid”. Após o programa ter terminado, ela manifestou o seu descontentamento com a situação “Dji vs Kid”, tratando-me enclusive por “filho” e dizendo que não gosta da influência de certos “amigos” que rodeiam o seu filho, especialmente o agente do Kid “Dj Samurai”. Por respeito a uma mãe, resolvi dar as costas a toda essa situação e ignorar esse beef, motivo pelo qual nunca mais ouviram qualquer música minha dirigida ao meu “irmão Kid Mc”, independentemente do que aconteceu a seguir.
A edição de Maio está a venda desde Sábado (12 de Maio), comprem e leiam a entrevista completa, bem como outros vários assuntos. Aproveitem também, e cliquem aqui para baixar o mais recente álbum de Dji Tafinha “+ Do Que Rap“.
Fonte: Cenas Que Curto
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