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ENTREVISTA COM SAM THE KID

| | segunda-feira, 13 de abril de 2009
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Em que altura começou a tua fase de produção?
Tanto qunto me lembro, foi em 95. As primeiras filmagens do grupo Oficial Nasty são de 96 e recordo-me de ter sido um bocadinho antes que comecei a fazer batidas com um teclado e uma caixa de ritmos da Boss. Por isso, há-de ser por essa altura.

O que te atraiu?
Não é o que me atraiu, a produção foi uma necessidade para pôr as minhas rimas em prática. Em primeiro lugar, sempre me considerei rapper, por isso precisava de músicas para conseguir rimar. No princípio, achava-me distante das músicas que ouvia A música ainda tinha uma certa magia, porque eu não lhe sabia os truques. Depois de os saber, a música resulta de outra forma. No início era apenas uma caixa de ritmos que tinha sons, não era um sampler. Nesse tempo, tinha uma caixa de ritmos e um teclado que um amigo me emprestou. Os meus teclados foram sempre emprestados e, de forma muito artesanal, ligava uma "banana" para o teclado e outra para a caixa. Nas cassetes que gravei, ouves a melodia de um lado e a bateria do outro. Tenho tudo guardado, desde os primeiros tempos

No tema "Quantidades" cm o Beto, dizes "conto 4 elementos quando sinto que há um 5º. ... produção!". No teu entender a produção é uma nova vertente do Hip Hop?
Não. Se tivéssemos de estender as vertentes, a seguir 4ª vinha a produção, depois o beat box, e até podia falar de roupa (apesar de eu não ligar a isso), a linguagem e a maneira de falar. Mas, a meu ver, já não são tão importantes. contudo, tenho ideia de que a produção está inserida na vertente do dj porque, antigamente, eram eles que faziam os beats. Actualmente, a produção tem cada vez mais importância. Dantes, os produtores passavam mais despercebidos e agora é ao contrário: Tens o caso do Timbaland e Pharrel que já são estrelas e produzem para outros géneros musicais. Em meu entender, o que se perdeu foi identidade que havia nos grupos. Hoje, todos têm o mesmo tipo de som. É normal, uns vão a favor da corrente e outros vão contra.

És mais a favor ou contra a corrente?
Sou as duas coisas. Até posso brincar. Não gosto muito das cenas sintetizadas sem alma. Como a minha referência do Hip Hop são samples, gosto dos elementos orgânicos. Posso dizer que, antigamente, a maior parte dos meus beats era feito entre 90 e 100 bpm's. Agora, como uso bpm's mais lentos, fico mais a favor da corrente. Mas não deixo de fazer ao meu estilo, usando vozes, etc...

Qual é o material que usas?
Mpc. Neste momento tenho duas: uma Mpc 2000XL e outra 2500, que a Akai me ofereceu. Por acaso, nunca tive de comprar nenhuma, houve sempre pessoas que mas ofereciam, ou porque não eram capazes de lhes mexer ou porque eu lhes fazia beats e depois me davam.

Fuck pc?
Foi mais numa de defender a máquina que uso. Também disse, nesse som, que não interessa o que tens, importa é o que fazes. Tens o exemplo do 9th Wonder que produz sons no Fruity Loops e muita gente não queria acreditar. Eu prefiro a sensibilidade que existe no Mpc, é muito mais imediato. No computador estás a ver a música e aqui posso sentir o instrumento enquanto toco ao vivo; posso dar show off.

Sentes-te maestro da tua orquestra?
Com certeza que sim uma vez que todos os instrumentos possíveis estão aqui e eu posso trabalhá-los quase em sinfonia.

Qual é o teu processo criativo e de inspiração?
Depende. Agora tenho estado sempre a fazer beats. Apesar da Internet, mesmo benéfica, me consumir muito tempo.A tecnologia neste teu mundo é muito importante...Sim, mas eu nunca fui muito de computador. Só recentemente aderi, o que me permite fazer downloads de drumkits e sound effects muito rapidamente.

Onde é que vais buscar os samples?
Não há limites, até do Youtube saco cenas.Achas que ao ouvires produtores estrangeiros te vai fazer ser um seguidor do género de produção que eles estão a fazer hoje em dia?Claro que sim, mas......

Ouves coisas de fora ou preferes não ouvir para não seres influenciado?
Mas quero ser influenciado. Tinha um amigo, o Furão, que fez alguns beats para o Regula e o Tekilla e ouvia música, não especialmente Hip Hop. Tudo o que ouvimos nos inspira. À posteriori é que podemos fazer comparações, como "este beat está parecido com aquele". Acontece-me muitas vezes conseguir associar os sons mesmo quando estou a ver televisão, como sucedeu com o "I'm Yours" do Jason Mraz e o "Bicho" do Iran Costa. Mas claro que são coincidências. Jason Mraz não conhece o Iran Costa. Uma coisa é plagiar, outra são sons parecidos.

Quais são os teus produtores estrangeiro favoritos?
Dj Premier, J-Dilla, Rza, Hi-Tek, Madlib, Pete Rock e Alchemist.

E Portugueses?
New Max, Kronic, Skunk, Coca, Xeg.

Para finalizar, quando podemos novo álbum de instrumentais?
O "Beats Vol. 2" sai este ano e outro projecto instrumental em que eu estou envolvido que se chama "Ovelha Negra".Esta entrevista foi retirada da revista Freestyle.


1 comentários:

Anónimo disse...

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