Medo e censura fazem com que muitas rappers parem de cantar ou não sejam conhecidas. Mesmo assim, elas ainda estão ativas na busca por uma Angola melhor.
Elas são mulheres comuns: trabalham, estudam, cuidam da casa, da família... No entanto, além da vida pessoal, elas também dedicam parte do seu tempo à luta por uma Angola melhor por meio da música. São as rappers angolanas, que se destacam por não se calarem diante dos problemas, do preconceito, da falta de liberdade de expressão. Quem acha que o movimento hip hop do país não conta com a participação das mulheres, engana-se. Mesmo que muitas não apareçam nos meios de comunicação social ou não tenham CDs gravados, isso não significa que elas estejam caladas diante da realidade do seu país. E a maioria das MCs sabe bem o que quer: uma Angola diferente, mais justa, com mais oportunidades para seus habitantes.
Por isso, elas cantam a miséria, a repressão, a política, os abusos contra a mulher... Elas querem mudanças e, para isso, desabafam e fazem reivindicações por meio da música de intervenção. E para isso não há idade. A estudante de direito Cristina Francisco Gouveia - ou como é conhecida no meio hip hop, Khris MC - tem apenas 21 anos e já sabe bem o futuro que quer para seus conterrâneos.
“Eu tenho na música a forma de expor minha opinião sobre os temas sociais, sobre o meu país. Eu vivo cá, eu sou de cá, então eu quero que as coisas melhorem, para os meus filhos viverem num país justo”, conta Khris MC.
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